28 de outubro de 2009
Futebol
Não há muito o que falar sobre futebol. Cada um tem seu time favorito, cada um torce como quer (até exageram, brigam, xingam, mas isso não vem ao caso).
O que antes era “coisa de homem”, agora está cada vez mais atraindo o público feminino. Bandeirinhas, árbitras, e até jogadoras! A mulher, como sempre, vem conquistando seu espaço, claro que ainda rola certo preconceito, ainda existem mulheres que não suportam futebol. Mas é impossível uma coisa agradar a todos. Os estádios contam cada vez mais com a presença feminina, e apesar dos que ainda consideram esse local impróprio, esse número só tende a aumentar.
BRUNA...
EU AMO O BOTAFOGO, MAS ELE ME ODEIA!
Tentei liga pra Cris diversas vezes, mas ela estava estudando para o simulado e mal conversamos. A Débora estava ocupada cuidando da irmã de cinco anos, e portanto não poderia sair comigo. Eu estava a fim de fazer alguma coisa diferente, ir pra um lugar diferente, mas sozinha não tinha graça.
Era o dia de um jogo entre Botafogo e Flamengo, mas meu pai estava sem dinheiro pra comprar o ingresso. Botafoguense roxa como sou, detesto assistir os jogos do meu time do coração pela TV. Pelo jeito, eu não tinha opção.
O telefone tocou.
- Oi Bruna! – ouvi o som estridente da voz de Jess.
- Você não ia pra Rio das Ostras esse fim de semana? – perguntei.
- Eu ia, mas meu pai marcou pra semana que vem.
- Que pena, o Léo ia junto?
- Ia. O pior que você não sabe por que ele desmarcou.
- Por quê?
- Léo comprou os ingressos pro jogo de hoje. Ele e meu pai estão amicíssimos!
Ela disse com certo sarcasmo.
- Achei que isso era bom, você morria de medo de que eles não se dessem bem.
- O Léo quando vem aqui, fala mais de Flamengo do que de mim.
- I… já tá em crise assim?
- Não é nada disso! O Léo tá dando mais atenção pro meu pai que pra mim.
- Não acredito! Você tá com ciúme do seu pai?
- Claro que não! Mas voltando ao assunto, resumindo, eles compraram quatro ingressos pro jogo.
- Porque quatro?
- Um amigo do meu pai ia, mas parece que a esposa não deixou. Então… tem um ingresso sobrando, eu conversei com meu pai e ele me deixou dar pra você.
- Sério?! Jura amiga?! Poxa, você ligou na hora certa, estava louca pra assistir esse jogo, – me lembrei de um detalhe importantíssimo – opa! Cartão vermelho na parada! Quando você disse quatro ingressos, são pra arquibancada…
- Do Flamengo.
- Ai, Jess!
- O que você queria? Que meu pai, flamenguista, comprasse ingresso pra arquibancada do Botafogo? Faça-me um favor, Bruna! E não reclama, porque você já tá no lucro.
- Tá né… o que eu não faço pra ver o Fogão jogar…
- Olha, eu tenho uma camisa oficial sobrando, se você quiser…
- Ah, não! Não teste minha paciência, Jéssica Mendonça!
- Ok, não está mais aqui quem falou. Só por favor, não vá com a do Botafogo, a não ser que queira voltar em pedacinhos pra casa.
- Ê favela!
- Favela nada! Se eu fosse com você na arquibancada do Botafogo com a camisa do Flamengo, não voltaria pra casa inteira, to mentindo? Aff, mas eu preferia ficar em casa, tomar um chocolate quente e namorar um pouquinho.
- Você não curte muito futebol.
- Você curte até demais!
- Vou me arrumar, daqui a pouco apareço por aí pra irmos juntas.
Desliguei o telefone minutos depois. Coloquei (sim!) a blusa do Botafogo, mas por cima dela vesti um casaco preto, digamos que o dia não estava o estilo que costumamos chamar de quente. Meu cabelo já estava na cintura, não reparei que tinha crescido tão rápido desde o último corte.
Chegamos ao Maracanã. Nunca estive perto de tantos flamenguistas.
- Qual é Bruna? Tente se divertir! – Jess disse após dar um selinho em Léo.
- To achando que alguém aí vai virar flamenguista… - Léo debochou.
- Nem morta! – protestei.
- Prometo que quando você morrer vou estender uma bandeira do Flamengo no seu caixão, - ele continuou zoando. Jéssica lhe deu um tapa no ombro.
- Credo! Não fale isso!
- Eu to brincando, amor!
Ele se aproximou e a beijou novamente. Nunca fui uma boa “seguradora de vela”, e sinceramente, detestava ter que prestar a esse papel. Mas a Jess estava tão feliz com ele que algumas horinhas não iriam me matar.
Entramos no estádio, já estava lotado! A única coisa que eu não gosto em estádios, é a muvuca, gente suada, gente xingando, mas como eu não presto atenção nisso, deixei meus olhos fixos no campo.
- Mengão Olê! Olê! Olê! – um cara gritou logo atrás de mim.
- Uma vez Flamengo, sempre Flamengo! – o pai da Jess cantou.
- Flamengo sempre eu hei de ser! – Léo cantarolou junto com seu “sogro”.
Jéssica estava com a expressão frustrada.
- Eu é que devia estar assim. – falei.
- Não! Que saco! To me sentindo trocada por um time de futebol.
- Isso não é verdade! Você está se sentindo trocada pelo seu pai! – debochei.
- Engraçadinha! – ela riu sem a mínima vontade. Logo Léo a abraçou bem apertado, ela fez um pouco de birra, mas depois de alguns beijos já estava mansinha… mansinha…
Mantive os olhos fixos no campo. Aproximadamente aos quinze minutos de jogo um dos jogadores do flamengo chegou com a bola perto do gol, perto demais pro meu gosto. Fez um passe pra alguém que estava livre, eu já sabia o que iria acontecer.
- GOOOOOL! GOOOL!!!! – a torcida gritou em coro. Diferente de todos, continuei sentada. Até Jess se animou e comemorou junto com Léo, apesar de detestar futebol.
Ok! Um a zero aos quinze minutos eu poderia suportar. Fiquei tão concentrada que nem reparei quando algum imbecil, idiota, infeliz, tacou um ovo podre nas minhas costas. Tentei procurar o individuo com minha visão periférica, obviamente não tive sucesso.
- Eca! – falei como se eu tivesse chupado um limão bem azedo.
- Quem foi filho da mãe que fez isso? – Jess perguntou.
- Se eu descobrisse… - falei entre os dentes.
- Tira o casaco.
- Não dá…
- Por que? Tá sem blusa por baixo?
- Não… pelo contrário. To com a camisa mais bonita do mundo!
- Não acredito que você…
Confirmei com a cabeça mostrando um pedacinho da blusa embaixo do casaco.
- É um hábito.
- Então acostume-se com o cheiro de ovo, idiota!
Revirei os olhos e continuei assistindo ao jogo. Logo, mas um gol do flamengo. Comecei a ficar fora do controle e a sussurrar alguns palavrões sempre que o Botafogo errava a entrada do gol.
- Vai! - falei sem pensar em abaixar o tom da minha voz. O Botafogo estava a um passo de fazer o gol. Jéssica me olhou com repreensão, mas pedir silêncio era exigir demais do meu autocontrole. O atacante fez um passe longo e outro jogador chutou à gol. Finalmente! – GOOOL! GOOOL!!!! – levantei e tirei o casaco, deixando a camisa à mostra. Um bandeirinha marcou o impedimento, fiquei chocada – Que?! Como assim?! Tá maluco? Juiz ladrão porrada é solução! Juiz ladraaaã...
Abaixei o tom de voz parando no meio da palavra. Pude contar pelo menos vinte pares de olhos me encarando. Coloquei os braços na frente do corpo, tentando esconder a camisa, não por vergonha do símbolo que carregava no peito, mas sim por uma autodefesa. Dois homens de pelo menos trinta anos se levantaram e vieram na minha direção. Sentei e apenas cobri meu corpo com o casaco sujo de ovo.
- Seu lugar não é aqui, garota! – o mais moreno disse com a voz marrenta.
O pai da Jess se colocou entre nós.
- Foi mal aí, parceiro! – ele se desculpou – Ela tá com agente – ele fez sinal para Jess e Léo, ambos com a camisa do Flamengo – Leve na boa, prometo que vou mantê-la com a boca bem fechada.
- É bom mesmo, se não eu não me responsabilizo pela reação da galera.
Ele me olhou com certo desprezo, mas não me botou medo, continuei o encarando com deboche até que Jess me cutucou.
- Não provoque, Bruna Rangel! – ela sussurrou e eu desviei o olhar.
- Tá tudo bem, tudo bem… é só uma garota! Certo? – ele falou como se conhecesse cada torcedor ao nosso redor, por algum motivo, eles o obedeceram.
Não acreditei que Jess me levou a um lugar como esse. Tem flamenguista que tudo bem, mas outros… deixa pra lá. Sem ofensas pessoais. Fiquei com a boca fechada o resto da partida. O Flamengo fez mais um gol e eu fiquei revoltada, agora em silêncio, claro!
Quando voltamos pro carro, o transito estava infernal. Léo começou a rir.
- O que foi? – Jess perguntou.
- Você tem noção do quanto sua amiga teve sorte? Esses caras não costumam deixar pra depois, em qualquer torcida. A diferença é que era uma garota, mas de vez em quando nem as mais novas eles perdoam.
- O futebol mexe mesmo com as pessoas! – concluiu Jess.
- E ai, tio! – exclamei – Não me dar bronca? –perguntei, ele olhou rapidamente pra trás enquanto dirigia.
- Bruninha, seu time perdeu de lavada pro Mengão, você pagou o maior mico na frente da torcida e ainda está fedendo a ovo. Sinceramente, acho que não tem castigo melhor! – ele falou com entusiasmo. Léo e Jess riram.
- Vocês se acham mesmo muito engraçadinhos! Da próxima vez eu faço questão de comprar seus ingressos, mas vai ser pra arquibancada do Fogão! Com a camisa oficial.
- Nunca será! – eles debocharam.
- Veremos se eu não consigo…
O que antes era “coisa de homem”, agora está cada vez mais atraindo o público feminino. Bandeirinhas, árbitras, e até jogadoras! A mulher, como sempre, vem conquistando seu espaço, claro que ainda rola certo preconceito, ainda existem mulheres que não suportam futebol. Mas é impossível uma coisa agradar a todos. Os estádios contam cada vez mais com a presença feminina, e apesar dos que ainda consideram esse local impróprio, esse número só tende a aumentar.
BRUNA...
EU AMO O BOTAFOGO, MAS ELE ME ODEIA!
Tentei liga pra Cris diversas vezes, mas ela estava estudando para o simulado e mal conversamos. A Débora estava ocupada cuidando da irmã de cinco anos, e portanto não poderia sair comigo. Eu estava a fim de fazer alguma coisa diferente, ir pra um lugar diferente, mas sozinha não tinha graça.
Era o dia de um jogo entre Botafogo e Flamengo, mas meu pai estava sem dinheiro pra comprar o ingresso. Botafoguense roxa como sou, detesto assistir os jogos do meu time do coração pela TV. Pelo jeito, eu não tinha opção.
O telefone tocou.
- Oi Bruna! – ouvi o som estridente da voz de Jess.
- Você não ia pra Rio das Ostras esse fim de semana? – perguntei.
- Eu ia, mas meu pai marcou pra semana que vem.
- Que pena, o Léo ia junto?
- Ia. O pior que você não sabe por que ele desmarcou.
- Por quê?
- Léo comprou os ingressos pro jogo de hoje. Ele e meu pai estão amicíssimos!
Ela disse com certo sarcasmo.
- Achei que isso era bom, você morria de medo de que eles não se dessem bem.
- O Léo quando vem aqui, fala mais de Flamengo do que de mim.
- I… já tá em crise assim?
- Não é nada disso! O Léo tá dando mais atenção pro meu pai que pra mim.
- Não acredito! Você tá com ciúme do seu pai?
- Claro que não! Mas voltando ao assunto, resumindo, eles compraram quatro ingressos pro jogo.
- Porque quatro?
- Um amigo do meu pai ia, mas parece que a esposa não deixou. Então… tem um ingresso sobrando, eu conversei com meu pai e ele me deixou dar pra você.
- Sério?! Jura amiga?! Poxa, você ligou na hora certa, estava louca pra assistir esse jogo, – me lembrei de um detalhe importantíssimo – opa! Cartão vermelho na parada! Quando você disse quatro ingressos, são pra arquibancada…
- Do Flamengo.
- Ai, Jess!
- O que você queria? Que meu pai, flamenguista, comprasse ingresso pra arquibancada do Botafogo? Faça-me um favor, Bruna! E não reclama, porque você já tá no lucro.
- Tá né… o que eu não faço pra ver o Fogão jogar…
- Olha, eu tenho uma camisa oficial sobrando, se você quiser…
- Ah, não! Não teste minha paciência, Jéssica Mendonça!
- Ok, não está mais aqui quem falou. Só por favor, não vá com a do Botafogo, a não ser que queira voltar em pedacinhos pra casa.
- Ê favela!
- Favela nada! Se eu fosse com você na arquibancada do Botafogo com a camisa do Flamengo, não voltaria pra casa inteira, to mentindo? Aff, mas eu preferia ficar em casa, tomar um chocolate quente e namorar um pouquinho.
- Você não curte muito futebol.
- Você curte até demais!
- Vou me arrumar, daqui a pouco apareço por aí pra irmos juntas.
Desliguei o telefone minutos depois. Coloquei (sim!) a blusa do Botafogo, mas por cima dela vesti um casaco preto, digamos que o dia não estava o estilo que costumamos chamar de quente. Meu cabelo já estava na cintura, não reparei que tinha crescido tão rápido desde o último corte.
Chegamos ao Maracanã. Nunca estive perto de tantos flamenguistas.
- Qual é Bruna? Tente se divertir! – Jess disse após dar um selinho em Léo.
- To achando que alguém aí vai virar flamenguista… - Léo debochou.
- Nem morta! – protestei.
- Prometo que quando você morrer vou estender uma bandeira do Flamengo no seu caixão, - ele continuou zoando. Jéssica lhe deu um tapa no ombro.
- Credo! Não fale isso!
- Eu to brincando, amor!
Ele se aproximou e a beijou novamente. Nunca fui uma boa “seguradora de vela”, e sinceramente, detestava ter que prestar a esse papel. Mas a Jess estava tão feliz com ele que algumas horinhas não iriam me matar.
Entramos no estádio, já estava lotado! A única coisa que eu não gosto em estádios, é a muvuca, gente suada, gente xingando, mas como eu não presto atenção nisso, deixei meus olhos fixos no campo.
- Mengão Olê! Olê! Olê! – um cara gritou logo atrás de mim.
- Uma vez Flamengo, sempre Flamengo! – o pai da Jess cantou.
- Flamengo sempre eu hei de ser! – Léo cantarolou junto com seu “sogro”.
Jéssica estava com a expressão frustrada.
- Eu é que devia estar assim. – falei.
- Não! Que saco! To me sentindo trocada por um time de futebol.
- Isso não é verdade! Você está se sentindo trocada pelo seu pai! – debochei.
- Engraçadinha! – ela riu sem a mínima vontade. Logo Léo a abraçou bem apertado, ela fez um pouco de birra, mas depois de alguns beijos já estava mansinha… mansinha…
Mantive os olhos fixos no campo. Aproximadamente aos quinze minutos de jogo um dos jogadores do flamengo chegou com a bola perto do gol, perto demais pro meu gosto. Fez um passe pra alguém que estava livre, eu já sabia o que iria acontecer.
- GOOOOOL! GOOOL!!!! – a torcida gritou em coro. Diferente de todos, continuei sentada. Até Jess se animou e comemorou junto com Léo, apesar de detestar futebol.
Ok! Um a zero aos quinze minutos eu poderia suportar. Fiquei tão concentrada que nem reparei quando algum imbecil, idiota, infeliz, tacou um ovo podre nas minhas costas. Tentei procurar o individuo com minha visão periférica, obviamente não tive sucesso.
- Eca! – falei como se eu tivesse chupado um limão bem azedo.
- Quem foi filho da mãe que fez isso? – Jess perguntou.
- Se eu descobrisse… - falei entre os dentes.
- Tira o casaco.
- Não dá…
- Por que? Tá sem blusa por baixo?
- Não… pelo contrário. To com a camisa mais bonita do mundo!
- Não acredito que você…
Confirmei com a cabeça mostrando um pedacinho da blusa embaixo do casaco.
- É um hábito.
- Então acostume-se com o cheiro de ovo, idiota!
Revirei os olhos e continuei assistindo ao jogo. Logo, mas um gol do flamengo. Comecei a ficar fora do controle e a sussurrar alguns palavrões sempre que o Botafogo errava a entrada do gol.
- Vai! - falei sem pensar em abaixar o tom da minha voz. O Botafogo estava a um passo de fazer o gol. Jéssica me olhou com repreensão, mas pedir silêncio era exigir demais do meu autocontrole. O atacante fez um passe longo e outro jogador chutou à gol. Finalmente! – GOOOL! GOOOL!!!! – levantei e tirei o casaco, deixando a camisa à mostra. Um bandeirinha marcou o impedimento, fiquei chocada – Que?! Como assim?! Tá maluco? Juiz ladrão porrada é solução! Juiz ladraaaã...
Abaixei o tom de voz parando no meio da palavra. Pude contar pelo menos vinte pares de olhos me encarando. Coloquei os braços na frente do corpo, tentando esconder a camisa, não por vergonha do símbolo que carregava no peito, mas sim por uma autodefesa. Dois homens de pelo menos trinta anos se levantaram e vieram na minha direção. Sentei e apenas cobri meu corpo com o casaco sujo de ovo.
- Seu lugar não é aqui, garota! – o mais moreno disse com a voz marrenta.
O pai da Jess se colocou entre nós.
- Foi mal aí, parceiro! – ele se desculpou – Ela tá com agente – ele fez sinal para Jess e Léo, ambos com a camisa do Flamengo – Leve na boa, prometo que vou mantê-la com a boca bem fechada.
- É bom mesmo, se não eu não me responsabilizo pela reação da galera.
Ele me olhou com certo desprezo, mas não me botou medo, continuei o encarando com deboche até que Jess me cutucou.
- Não provoque, Bruna Rangel! – ela sussurrou e eu desviei o olhar.
- Tá tudo bem, tudo bem… é só uma garota! Certo? – ele falou como se conhecesse cada torcedor ao nosso redor, por algum motivo, eles o obedeceram.
Não acreditei que Jess me levou a um lugar como esse. Tem flamenguista que tudo bem, mas outros… deixa pra lá. Sem ofensas pessoais. Fiquei com a boca fechada o resto da partida. O Flamengo fez mais um gol e eu fiquei revoltada, agora em silêncio, claro!
Quando voltamos pro carro, o transito estava infernal. Léo começou a rir.
- O que foi? – Jess perguntou.
- Você tem noção do quanto sua amiga teve sorte? Esses caras não costumam deixar pra depois, em qualquer torcida. A diferença é que era uma garota, mas de vez em quando nem as mais novas eles perdoam.
- O futebol mexe mesmo com as pessoas! – concluiu Jess.
- E ai, tio! – exclamei – Não me dar bronca? –perguntei, ele olhou rapidamente pra trás enquanto dirigia.
- Bruninha, seu time perdeu de lavada pro Mengão, você pagou o maior mico na frente da torcida e ainda está fedendo a ovo. Sinceramente, acho que não tem castigo melhor! – ele falou com entusiasmo. Léo e Jess riram.
- Vocês se acham mesmo muito engraçadinhos! Da próxima vez eu faço questão de comprar seus ingressos, mas vai ser pra arquibancada do Fogão! Com a camisa oficial.
- Nunca será! – eles debocharam.
- Veremos se eu não consigo…
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3 comentários:
Que aperto hein!! rsrs
vc escreve supere bem...
By.:Ale
Menina... você vai longe! As estruturas sintáticas estão impecáveis. Um errinho de sinais aqui ou ali, mas isso não importa, com o tempo você pega o jeito. Parabéns!
amiiiiiiiiiga ♥ cara, você me conhece mesmo cara, meu jeito, minhas falas ... tudo igual! kkk' tô amando seu blog, e cara, participar dele é perfeito! te amo ♥ muito obrigada!